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quinta-feira, julho 26, 2007

Análise do MUAN

O MUAN é um software livre para animação Stop Motion desenvolvido pelo IMPA/Visgrap em parceria com o Anima Mundi. Instalei o MUAN 8.1 no Slackware 11.0 e fiz alguns testes do software.

Instalação


Na página do MUAN estão disponíveis o código fonte do software e um pacote binário rpm. Primeiro tentei instalar compilando o código fonte, mas não consegui, depois baixei o rpm, converti para tgz com a ferramenta rpm2tgz e instalei com installpkg. A localização dos executáveis após a instalação é um pouco confusa, em vez de /usr/bin/, os executáveis são enviados para o diretório /usr/local/share/muan/. Quando digitei muan no terminal, apareceu a mensagem de comando não existente. Então abri os pacotes de instalação e descobri o local onde os executáveis foram instalados. Seria bom que na próxima versão do MUAN isso fosse corrigido ou que pelo menos um link fosse criado em /usr/bin.


Testes


- Documentação e Interface
O MUAN é bem simples de usar e a documentação que o acompanha é bastante completa. O MUAN tem duas opções de interface, o que é muito interessante: a muan_ae e a muan_os. A muan_ae traz todos os botões e menus em uma única janela e é mais adequada para os iniciantes. Já a muan_os traz todos os recursos da outra interface dividida em cinco janelas independentes e proporciona ao usuário maior liberdade na personalização da interface.

- Modo memória
Como eu não tinha uma câmera disponível para testar a captura de imagens, primeiro fiz testes na função Memória, trabalhando com imagens que já estavam em meu computador. Senti falta da possibilidade de escolher o número de fotografias a serem exibidas em cada segundo. Apesar de o MUAN apresentar, na janela de preferências, a possibilidade de determinar a duração padrão de cada frame, esta opção não funciona no modo memória. Dessa forma, para modificar o tempo de exibição de cada fotografia é necessário realizar a alteração para cada uma destas, o que torna o trabalho cansativo quando se está trabalhando com um grande número de frames. Além disso, seria interessante que o MUAN também suportasse imagens no formato PNG.

- Modo câmera
O MUAN é compatível com câmeras com interface firewire e com dispositivos video4linux (v4l), como webcam’s e placas de captura analógica. Utilizei uma webcam Go Tec nos testes. A velocidade de captura das imagens é bem rápida, praticamente instantânea (muito melhor do que em alguns softwares que eu já tinha visto rodar em window$). Seria legal que as próximas versões possibilitassem o controle sobre alguns parâmetros da imagem (brilho, contraste, balanço de cores, etc). O MUAN traz a ferramenta Flipar, a qual alterna entre a última foto capturada e a imagem que está sendo recebida pela câmera, e é bastante útil para analisar o movimento presente entre dois frames da animação.

- Exportação
O MUAN pode exportar as animações em MPEG (codec mpeg1) ou em AVI (codec dvvideo), o qual é muito bem suportado pelo Cinelerra (principal software livre para edição de vídeo). A exportação em formato de vídeo era um problema em outros softwares livres para stopmotion e esse problema o MUAN resolveu definitivamente. Além disso, o MUAN pode exportar também a seqüência de imagens em JPEG.

Análise geral
O MUAN é um software que, apesar de já estar num nível muito bom, ainda pode melhorar bastante. O maior problema do MUAN é não possibilitar a alteração da taxa de frames de forma rápida e prática.

quarta-feira, julho 25, 2007

"A Pequena Notável completa 77 primaveras"


No próximo dia 9 de agosto, a sensual e curvilínea Betty Boop completará 77 anos de idade. Septuagenária, sim, mas ainda provocando suspiros em leitores de todas as gerações, como pode comprovar quem der uma espiada nas pin ups da personagem em seu site oficial (www.bettyboop.com).

E pensar que, no longínquo ano de 1930, a bela dançarina de cabaré era, com o perdão do que a palavra possa sugerir, uma promiscua mulher. Mas a pequena (ou seria minúscula?) participação no desenho animado Dizzy Dishes, criado no lendário estúdio dos irmãos Fleischer, não passou despercebida. Tanto que a pequema notável voltou em 1933, dessa vez como humana. Daí para frente, conquistou a todos com charme, sedução e muito humor. Seus primeiros trabalhos foram: "Betty Boop for President" (1932), "Bambo Isle" (1932) e "Riding the Rails" (1938), que recebeu um Oscar.

No início Betty Boop foi criada para ser um mero coadjuvante de um cachorro com o nome de "Bimbo", na série de nome Talkartoons, produzida por Dave e Max Fleischer.

Em pouco tempo, Betty ultrapassou Bimbo em popularidade, e se tornou a personagem principal nos desenhos.Em muitas das caricaturas dela, "Bimbo" foi retratado como seu amigo. Sua popularidade foi crescendo de modo que passou por muitas mudanças, tornando-se uma personagem atraente que reuniu com o tempo muitos fãs.

Das demais personagens que integravam "Betty Boop" destaca-se "Grampy", um inventor excêntrico, que depois de colocar um "chapéu pensante", parecia poder resolver qualquer problema. O jeito de "Grampy" de fazer coisas e falar, sempre era divertido. Outra personagem que era exibida ocasionalmente, era "Koko" o palhaço, assim como "Pudgy", o pequeno cachorro de Betty que aparecia em vários desenhos, ao lado de Boop.

A popularidade de Betty, começou a diminuir depois que seus criadores foram obrigados a modificar algumas de suas características. Suas aparições não podiam fazer mais apologia ao sensual, como observamos em suas saias curtas e a exibição de sua cinta liga. As primeiras tiveram que aumentar até a altura dos joelhos, o que cobria sua famosa cinta liga. Dessa forma Betty assumiu características de uma professora. Considerando que eram as características atraentes e sensuais que fizeram Betty popular...

Ainda na década de 30, Betty aparecia em bonecas, brinquedos, e outros. Sua personagem foi "recusada" durante duas décadas, entretanto, em 1980, ela começou a ficar popular novamente.

Embora, desde então, Betty Boop tenha sumido das telas (sua última aparição, após décadas de ostracismo, foi em 1988, no filme Uma cilada para Roger Rabbit) e suas incursões nos quadrinhos sejam apenas em esporádicas republicações de tiras clássicas, a pequena notável continua sendo um fenômeno de licenciamento em todo o mundo, seja com o visual clássico ou em versão moderna.

Para se ter uma idéia de como a garota, ou melhor, senhora, está com tudo, o edifício Empire State (um dos mais conhecidos cartões postais de Nova York) a homenageou iluminando a torre com luz vermelha, em alusão à cor do vestido da dançarina, durante a noite do dia 8 até a manhã de 9 de agosto, em 2005.

O melhor, entretanto, está por vir. A King Features Syndicate - detentora dos direitos sobre a personagem - se apressou em anunciar que está em negociações reservadas com um estúdio de animação, para trazer Betty Boop ao novo século.