E pensar que, no longínquo ano de 1930, a bela dançarina de cabaré era, com o perdão do que a palavra possa sugerir, uma promiscua mulher. Mas a pequena (ou seria minúscula?) participação no desenho animado Dizzy Dishes, criado no lendário estúdio dos irmãos Fleischer, não passou despercebida. Tanto que a pequema notável voltou em 1933, dessa vez como humana. Daí para frente, conquistou a todos com charme, sedução e muito humor. Seus primeiros trabalhos foram: "Betty Boop for President" (1932), "Bambo Isle" (1932) e "Riding the Rails" (1938), que recebeu um Oscar.
No início Betty Boop foi criada para ser um mero coadjuvante de um cachorro com o nome de "Bimbo", na série de nome Talkartoons, produzida por Dave e Max Fleischer.
Em pouco tempo, Betty ultrapassou Bimbo em popularidade, e se tornou a personagem principal nos desenhos.Em muitas das caricaturas dela, "Bimbo" foi retratado como seu amigo. Sua popularidade foi crescendo de modo que passou por muitas mudanças, tornando-se uma personagem atraente que reuniu com o tempo muitos fãs.
Das demais personagens que integravam "Betty Boop" destaca-se "Grampy", um inventor excêntrico, que depois de colocar um "chapéu pensante", parecia poder resolver qualquer problema. O jeito de "Grampy" de fazer coisas e falar, sempre era divertido. Outra personagem que era exibida ocasionalmente, era "Koko" o palhaço, assim como "Pudgy", o pequeno cachorro de Betty que aparecia em vários desenhos, ao lado de Boop.
A popularidade de Betty, começou a diminuir depois que seus criadores foram obrigados a modificar algumas de suas características. Suas aparições não podiam fazer mais apologia ao sensual, como observamos em suas saias curtas e a exibição de sua cinta liga. As primeiras tiveram que aumentar até a altura dos joelhos, o que cobria sua famosa cinta liga. Dessa forma Betty assumiu características de uma professora. Considerando que eram as características atraentes e sensuais que fizeram Betty popular...
Ainda na década de 30, Betty aparecia em bonecas, brinquedos, e outros. Sua personagem foi "recusada" durante duas décadas, entretanto, em 1980, ela começou a ficar popular novamente.
Embora, desde então, Betty Boop tenha sumido das telas (sua última aparição, após décadas de ostracismo, foi em 1988, no filme Uma cilada para Roger Rabbit) e suas incursões nos quadrinhos sejam apenas em esporádicas republicações de tiras clássicas, a pequena notável continua sendo um fenômeno de licenciamento em todo o mundo, seja com o visual clássico ou em versão moderna.
Para se ter uma idéia de como a garota, ou melhor, senhora, está com tudo, o edifício Empire State (um dos mais conhecidos cartões postais de Nova York) a homenageou iluminando a torre com luz vermelha, em alusão à cor do vestido da dançarina, durante a noite do dia 8 até a manhã de 9 de agosto, em 2005.
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